terça-feira, 8 de novembro de 2011

Antídoto





Diz a verdade para o meu coração
E para meus olhos fechados, deixarem de te ver passar
Não tens o menor dever de querer me amar
Tão pouco, o direito de pensar em me dominar

Vou sair por aí em busca de um amor
Sendo meu por inteiro, serei seu dono e senhor
Serás meu em pêlo, que seu toque, o desejo sele
De dia, de noite, lambuzarei seu corpo cavalgando sua pele


Este Amor desordeiro será o último e o primeiro!
Antes de ser falso, que seja pleno e verdadeiro
Se acaso recuar, seja no impulso de dentro de mim se atirar
Que o sorriso exista, sem sequer precisar respirar


Quem não acredita no Amor, não sabe viver
Mas sem te conhecer Amor, viver para quê?
No leito da atração, te dei minha querência
Nascida no berço, e criada no estado da carência


Ainda que todos os remédios falhem, existirá salvação
Desfaz as ranhuras da vida, e as lacunas do coração
O antídoto espanta tentações do corpo e da alma. Combate até o ópio
É servido em um cristalino cálice, à luz da mesa, do Amor próprio