sexta-feira, 30 de julho de 2010

Perder-se de Amor


No desejo a pele alva empalidece
noite sem rumo
vida sem prumo
alma agoniza, desejo apetece

Um sussurro na noite
inaudível a olho nu
No zumbido envolto em uivo,
a matilha alimenta o açoite

Assanha a sanha
desnuda o pomo da discórdia,
desfigura a alma sem barganha

O apocalíptico prurido
sacramenta teu destino
Perder-se de Amor, sem antes sentí-lo.