quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Utopia




Dentro de mim não sei o que sou
bicho? Gente? O tempo que revele
meu prazer se traduz em minha dor
agonia vara saudade à flor da pele

Reflito aflito em pensamento vasto
reflexo profano da cobiça agridoce
desfigura o desejo tal qual casto
venera o anseio como se ele fosse

Os olhos que me espreitam do avesso
talham-me lágrimas cristalinas que o passado espia
folhas farfalham sob o peso de sonho um inconfesso

E um eclipse pontilha-se num céu que se resfria.
Saio de mim na poesia da noite e logo amanheço
um ínfimo estilhaço de utopia...




Agradecimento a escritora Sandra por sua parceria

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