sexta-feira, 30 de julho de 2010

Perder-se de Amor


No desejo a pele alva empalidece
noite sem rumo
vida sem prumo
alma agoniza, desejo apetece

Um sussurro na noite
inaudível a olho nu
No zumbido envolto em uivo,
a matilha alimenta o açoite

Assanha a sanha
desnuda o pomo da discórdia,
desfigura a alma sem barganha

O apocalíptico prurido
sacramenta teu destino
Perder-se de Amor, sem antes sentí-lo.

4 comentários:

  1. Sensual...sinestésico!
    Mto bom!
    Parabéns!

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  2. Muito obrigado minha querida, me enchem de alegria suas palavras...

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  3. Fazia um tempo que não visitava o seu blog, quando eu venho bato de frente com este soneto maravilhoso. Meus parabéns Angelo!

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  4. Obrigado Sanderson, suas palavras aguçam meu poetar. Abraços

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